Julie
Julie Powell estava cansada de seu emprego e sua rotina,
sentia que faltava sentido e cor em sua vida. Em uma conversa
despretensiosa com seu marido, surgiu a ideia de criar um blog de culinária
para passar o tempo e ter um projeto para se dedicar... e ver aonde isso
poderia chegar. Mas não seria um blog de culinária comum: ela faria as
mais de quinhentas receitas do livro Mastering the Art of French Cooking (Dominando a Arte da Culinária Francesa) durante
um ano e relataria essa experiência intensa e maluca no blog. Pense bem,
caro leitor: mais de quinhentas receitas. É um super compromisso! O filme Julie & Julia mostra essa aventura, que aconteceu na vida real.
Me
identifiquei nos momentos em que Julie sentou e chorou quando algo dava
errado (as boleiras sabem do que estou falando, não é?). Afinal, era uma
dura jornada e apareceram alguns percalços... Mas
ela superou tudo, aprendeu muito, cumpriu seu objetivo e seu blog se
tornou super popular! O seu projeto paralelo tomou vida e rendeu frutos
financeiros e de reconhecimento: Julie Powell escreveu um livro contando
essa jornada. Como já sabemos, depois o livro virou filme. A propósito,
o livro também se chama Julie & Julia.
E a Julia?
Paralelamente à jornada de Julie (início dos anos 2000), o filme mostra cenas da vida de Julia Child (a partir da década de 40) – a autora principal do tal livro de mais de quinhentas receitas. Assim descobrimos que elas tem muito em comum. E em incomum também. O fato é que Julia inspirou Julie a aprimorar suas técnicas de cozinha, a cozinhar melhor.
De fato, Julia Child tem uma história inspiradora: ela "mal sabia fritar um ovo" aos 35 anos de idade, mas decidiu aprender a cozinhar e se tornou uma chef respeitada, além de uma inspiração para as donas de casa americanas. Eu li a biografia dela (Minha Vida na França) e gostei muito! Fiquei encantada com a persistência e a simpatia dessa senhora americana. Eu falei mais sobre esse livro no meu outro blog: Sonhos e Suspiros.
O filme foi bem fiel aos relatos de Minha Vida na França, embora bastante resumido e superficial. Lendo o livro pude sentir ainda mais a garra e a vontade de aprender que Julia tinha.
E eu...
Com a Julie aprendi que metas fazem a coisa toda acontecer. Se ela não
tivesse uma meta consistente (muito difícil, por sinal), não teria aprendido tanto e não teria
acontecido tudo isso que aconteceu. Sem metas claras, o desânimo provavelmente a venceria.
Julie teve dificuldades no casamento por conta de toda essa dedicação, por isso aprendi também que tenho que dosar os projetos paralelos conforme a vida pessoal. Tenho que ter prioridades claras: Deus, família e depois os projetos.
Com a Julia aprendi que, realmente, nunca é tarde demais para aprender. Se ela não resolvesse tentar algo novo depois dos 30 anos, não teria vivido todas essas coisas incríveis que a culinária francesa lhe proporcionou. Então nunca pense que já é tarde demais para começar!
Esse filme é mesmo especial para mim. Ele deixa claro que o aprendizado abre portas em nossas vidas! Portas intelectuais, de
amizades, de experiências, de alegrias... E mostra que esse aprendizado
também custa muito esforço, muito tempo, muita dedicação. Mas é
assim mesmo, quase tudo que vale a pena ser aprendido vai demorar:
você precisa caminhar um bom tempo em sua jornada para fazer o tipo de
coisa que você realmente admira e vai se orgulhar. Então não desista, tá?
Já conhecia o filme? Ficou com vontade de assistir? Conta pra mim!